Síndrome de Asperger

Síndrome de Asperge | Cristiane Silvestrini

A síndrome de Asperger é uma condição que se enquadra dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento. Ela já se manifesta desde a infância e leva a pessoa com Asperger a ver, ouvir e sentir o mundo de forma diferente, provocando assim, alterações na forma de se relacionar e comunicar com os outros.

As crianças com Asperger não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo grave. Essa síndrome é possível ser compreendida pela presença das dificuldades persistentes na comunicação social e na interação social em diversos contextos.

Na escola, as crianças despertam temas de interesse que podem ser únicos por longos períodos de tempo. Quando gostam do tema sobre os dinossauros, por exemplo, falam repetidamente nesse assunto. Não lidam bem com situações de estresse. Algumas podem desenvolver comportamentos excêntricos ou repetitivos que envolvem movimentos estranhos de repetição, como por exemplo, torcer as mãos ou os dedos. Possuem uma alta sensibilidade auditiva, não podendo com barulhos muito altos ou estridentes, assim como reagem de forma exagerada quanto aos estímulos de luzes e texturas.

Outras podem desenvolver rituais se recusando terminantemente a alterar a maneira como se vestem utilizando sempre a mesma ordem específica. Ao se comunicarem, elas não costumam ter contato visual quando falam com alguém. Elas podem ter problemas ao usar expressões faciais e ao gesticular, bem como podem apresentar dificuldade para compreender a linguagem corporal e a linguagem dentro de um determinado contexto e costumam ser muito literais no uso da língua.

Essas crianças apresentam problemas de coordenação em seus movimentos e parecem desajeitadas. São crianças excepcionalmente inteligentes, talentosas e especializadas em uma determinada área, como a música ou a matemática. Possuem habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas e mapas.

A intensidade dos sintomas pode variar bastante de uma criança para a outra e, por isso, casos menos aparentes podem ser mais difíceis de identificar. É por esse motivo que muitas pessoas descobrem a síndrome apenas durante a idade adulta, quando já apresentam consequências das dificuldades nas habilidades sociais que não foram possíveis de serem desenvolvidas desde cedo. Quando diagnosticada precocemente, a criança recebe o incentivo e o apoio dos pais e das equipes multidisciplinares que a ajudará a lidar melhor com os problemas e ser melhor capacitada para conviver em sociedade de forma mais atuante e independente. Dependendo das experiências vividas pela criança, movidas pelo desconhecimento do diagnóstico e de como lidar com as dificuldades apresentadas, o individuo na idade adulta pode vir a enfrentar problemas como a depressão ou começam a ter episódios intensos e recorrentes de ansiedade.

Portadores desse distúrbio geralmente não fazem amigos facilmente, pois têm dificuldades em iniciar e manter uma conversa.

Enfim, para diagnosticar a Síndrome de Asperger ainda criança, os pais devem levar a criança à consulta com o pediatra, como também a um psiquiatra infantil assim que alguns destes sinais forem detectados. Na consulta, o médico irá fazer uma avaliação física e psicológica da criança para entender a origem de seu comportamento e conseguir confirmar ou descartar o diagnóstico.

Cristiane de Lourdes Jacóia Silvestrini é Psicóloga Clínica de abordagem psicanalítica e Psicanalista. CRP: 06/118299 ([email protected])

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