“SÍNDROME DE GABRIELA”

“Eu nasci assim,

Eu cresci assim, 

E sou mesmo assim,

Vou ser sempre assim,

Gabriela. Sempre Gabriela”.

 

Muito comum, os sintomas da tal “síndrome de Gabriela”, acomete milhares de pessoas que acreditam que nasceram de um jeito e que nunca mais poderão mudar, demonstrando atitudes de negação da mudança e resistência àquilo que é novo ou diferente dos padrões estabelecidos e, até então, vivenciados por aquela pessoa. Em outras palavras, é o estado doentio do ser humano em não acreditar que pode alterar o curso de sua vida e passa a viver em função do seu conformismo e pessimismo.

 

Como reconhecer uma pessoa com a síndrome?

No geral são pessoas pessimistas e algumas frases são típicas de pessoas acometidas pela “síndrome de Gabriela”. 

As mais usuais são as seguintes:

“Vamos fazer assim, pois sempre fizemos desta maneira”;

“Sei que isto é bom, mas prefiro fazer do meu jeito”;

“Eu sinto muito, mas sou assim”.

“Nem vou tentar isso, porque sei que não vai dar certo”.

“Sou assim desde criança, nem vou perder meu tempo para tentar mudar”.

Dentre os motivos que fazem com que estas pessoas se comportem de tal maneira está a baixa autoestima, o medo de suas ações não darem certo, de errar ou de receber críticas. Uma pessoa com essa síndrome de “Gabriela” pode ser assim durante toda a vida e passar a falsa imagem de que se conhece muito bem e se aceita da forma como é, enquanto, muitas vezes, sua atitude é para esconder seu autodesconhecimento e um sofrimento que o acompanha em sua vida.

Para termos resultados diferentes, devemos ter comportamentos diferentes. Afinal, se continuarmos agindo como sempre fizemos, teremos sempre as mesmas respostas.

Deixar de aceitar mudanças ou se fechar completamente para elas, pode causar ainda mais problemas no futuro, seja no campo pessoal ou profissional. As consequências de tal comportamento é o não crescimento na carreira, isolamento social ou extrema dificuldade em estabelecer e manter relações. É importante destacar que quem tem esse comportamento prejudica não só a si mesmo, mas todas as pessoas envolvidas nos contextos em que a síndrome impera.

Para quem sofre com a “síndrome da Gabriela” o caminho é repensar as atitudes e começar a mudar de postura e seus comportamentos. O processo de mudança nem sempre é fácil: exige trabalho, planejamento e força de vontade. Por isso, muitos preferem continuar fazendo as mesmas coisas no trabalho e na vida pessoal, perdendo a oportunidade de conhecer novos caminhos, amadurecer e descobrir novas possibilidades. Mas não é fácil abandonar por completo hábitos e pensamentos que já estão enraizados em terreno profundo. Para isso é importante ir devagar, senão a transformação corre o risco de ser apenas superficial, e tudo pode voltar ao que era.

Nesse sentido, é sempre mais agradável e seguro, quando estas mudanças são orientadas e acompanhadas por um profissional.

 

Cristiane de Lourdes Jacóia Silvestrini é Psicóloga Clínica de abordagem psicanalítica e Psicanalista. CRP: 06/118299 (psicologa@cristianesilvestrini.com.br)

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